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Cantina Escolar

Inaugurada em 1958 a Cantina Escolar de Santana, foi construída durante o período do Estado Novo em Portugal (1933–1974), liderado por António de Oliveira Salazar.

Neste período, as cantinas escolares surgiram como parte de uma política educativa e social mais ampla, influenciada por princípios autoritários, nacionalistas e católicos. A construção e funcionamento destas cantinas devem ser compreendidos dentro do contexto da política assistencialista do regime.

As cantinas escolares começaram a ser implementadas de forma mais sistemática a partir da década de 1940, com o objetivo de: combater a fome infantil; reduzir o abandono escolar; melhorar a saúde e rendimento das crianças; promover valores morais e de obediência através de práticas regimentadas.

Características da construção: integradas em escolas primárias, especialmente nas zonas rurais e pobres; muitas vezes financiadas por organizações como a Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho (FNAT) e instituições católicas; edifícios simples, com cozinhas básicas, salas de refeições e estrutura mínima; a construção seguia padrões impostos pelo Ministério da Educação Nacional, com base na visão higienista da época.

O funcionamento destas cantinas estava muito ligado à política social do Estado Novo, que via a assistência como uma forma de manter a ordem social e promover o nacionalismo.

Características principais: gestão centralizada, supervisionada pelo Ministério da Educação ou instituições locais afetadas ao regime (como Juntas de Freguesia ou Direções Escolares); refeições básicas, geralmente compostas por sopa, pão e, ocasionalmente, leite ou fruta; rigor disciplinar: as crianças comiam em silêncio, sob supervisão, e deviam demonstrar comportamentos exemplares; distribuição de leite escolar (campanhas lançadas nas décadas de 1940–50), como medida de saúde pública; eram frequentadas por alunos mais pobres, o que reforçava o caráter assistencialista.

As cantinas não serviam apenas para alimentar, mas também como instrumentos de: moralização e disciplinamento das classes populares; promoção da imagem do regime como protetor das crianças e da família; combate ao analfabetismo e abandono escolar, já que a alimentação era um incentivo para a frequência.


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