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Carlos Ferreira – Uma Vida Dedicada à Arbitragem e ao Desporto

Natural de Santana, no concelho da Figueira da Foz, Carlos Ferreira é um nome que se confunde com a história da arbitragem portuguesa nas modalidades de Futebol e Futsal. Santanense de alma e coração, destacou-se ao longo de décadas pela sua dedicação, profissionalismo e paixão pelo desporto, tornando-se uma referência para várias gerações de árbitros e desportistas.

O seu percurso começou cedo: em 1991, concluiu o curso de árbitro de Futebol 11, e no ano seguinte, 1992, obteve também o curso de Futebol 5, modalidade que viria a evoluir para o atual Futsal. No Futebol 11, Carlos Ferreira desempenhou funções como fiscal de linha - hoje designado árbitro assistente - tendo participado em jogos da Terceira Divisão Nacional. Na época 1992/93, integrou a equipa do árbitro Joaquim Fabrício, de Montemor-o-Velho, e na época seguinte, 1993/94, fez dupla com António Gil, também natural de Santana.

Em simultâneo, arbitrava Futsal, modalidade onde cedo demonstrou talento e rigor técnico. A sua ascensão foi rápida: na época 1994/95, atingiu a Segunda Divisão Nacional, e apenas um ano depois, 1995/96, alcançou a Primeira Divisão Nacional, onde passou a integrar a equipa do reconhecido árbitro internacional Gustavo Sousa, de Liceia. Juntos, arbitraram inúmeros dérbis e clássicos de elevada exigência, demonstrando sempre uma postura exemplar e um profundo conhecimento das regras e espírito do jogo.

O ponto mais alto da sua carreira chegaria na época 1997/98, quando foi nomeado para a final da Taça de Portugal em Futsal, disputada no Pavilhão Municipal de Almeirim, entre o Sporting Clube de Portugal e o Miramar FC (1 - 4). Foi um momento inesquecível, não apenas pela importância da partida, mas também pela partilha em família: a equipa de arbitragem foi chefiada por Gustavo Sousa, tendo como cronometrista o seu irmão, José Ferreira - um símbolo da união e da paixão comum pelo desporto.

Em 2006, ao atingir o limite de idade (48 anos), Carlos Ferreira encerrou a sua carreira como árbitro, mas manteve-se ligado à arbitragem de forma ativa e empenhada. Nesse mesmo ano, concluiu o curso de observador de árbitros de Futebol 11, função que desempenhou com dedicação entre 2006 e 2016, contribuindo para a formação e avaliação de novas gerações de árbitros. Além disso, exerceu ainda o cargo de vogal no Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Coimbra, continuando a servir o desporto com o mesmo entusiasmo e sentido de responsabilidade que sempre o caracterizaram.

Com uma carreira marcada por ética, compromisso e amor à camisola, Carlos Ferreira é um verdadeiro exemplo de dedicação à arbitragem e ao futebol. A sua trajetória, iniciada em Santana e projetada a nível nacional, reflete não apenas o percurso de um árbitro exemplar, mas também o de um homem que fez da arbitragem uma forma de vida, sempre com o nome da sua terra e dos seus valores no coração.


Foto: meia-final da Taça de Portugal em futsal entre Instituto Dom João V e Miramar FC (3 - 2), disputada em 15 de maio de 1999 no Pavilhão Municipal de Paços de Ferreira.
Foto: meia-final da Taça de Portugal em futsal entre Instituto Dom João V e Miramar FC (3 - 2), disputada em 15 de maio de 1999 no Pavilhão Municipal de Paços de Ferreira.

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