Coreto da Sociedade Musical Santanense
- Jorge Monteiro
- 23 de mai. de 2019
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Atualizado: 9 de ago.
No coração de Santana ergue-se o coreto - um símbolo de identidade, de cultura e de memória coletiva. Mais do que um espaço para concertos, o coreto de Santana é parte integrante da história viva da Sociedade Musical Santanense, a quem pertence, conforme registado em 29 junho de 1926 no livro de atas da coletividade.(*)
Foi neste coreto que gerações de músicos deram os seus primeiros passos, onde se ouviram as primeiras marchas, os primeiros aplausos, as primeiras emoções. Foi ali que, ao longo das décadas, a música se fez ouvir em dias de festa, procissões, arraiais e romarias. As notas da Sociedade Musical Santanense e de outras bandas amigas ecoaram do alto do coreto, enchendo o ar de alegria, orgulho e pertença.
O coreto tornou-se ponto de encontro, centro das festas, guardião das tradições. Ali se celebraram momentos importantes da vida da aldeia, com a música sempre presente como linguagem comum, ali se aplaudiram músicos, se estrearam fardas novas, se fizeram promessas e se guardaram memórias.
Hoje, quase um século depois da sua construção, o coreto continua a erguer-se como símbolo de resistência e de orgulho e, mesmo quando em silêncio, o coreto de Santana continua a falar.
Conta a história de uma terra que nunca esqueceu o valor da cultura, da música e do convívio. E sempre que alguém lá sobe para tocar, a aldeia volta a respirar fundo… e a sorrir.
(*) Conforme consta do livro de Atas da Sociedade Musical Santanense (ata de 29.06.1926): "No então denominado "Largo 5 de Outubro" foi construído o coreto da Sociedade Musical Santanense..."

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