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Entre Rosas e Doutores: O Pensar de um Poeta de Santana

Ao escrever estas quadras, o autor não procurou glória nem fama — procurou memória, verdade e pertença. Fê-lo com a voz de quem olha para a sua terra não apenas com os olhos, mas com o coração cheio de reconhecimento.

Logo no primeiro verso — Santana, terra de rosas — revela-se a chave de toda a sua visão: Santana como um jardim vivo, não só pela beleza natural, mas sobretudo pelas pessoas que a habitam. Cravos, açucenas, mimosas… são as flores que adornam o campo, mas também são metáforas para as mulheres da terra — jovens, formosas, cheias de frescura e graça.

A segunda quadra introduz algo que transcende a paisagem: o orgulho no que a aldeia tem gerado. Uma aldeia tão pequena / Que nos dá tantos doutores é um reconhecimento quase emocionado de que, mesmo num lugar modesto, nasceu e floresceu gente instruída, capaz, respeitada — uma conquista tanto da terra como das famílias que nela cultivam não só batatas e milho, mas também valores, educação e ambição.

Na terceira quadra, o foco volta-se para o Rancho de Santana, apresentado como um bouquet de cravos e rosas — uma imagem belíssima que une a estética à identidade. O rancho é o reflexo visível dessa luta insana, desse esforço coletivo, onde raparigas formosas não são apenas bonitas, mas também resilientes, corajosas, capazes de manter viva uma cultura com raízes profundas.

O autor destas quadras quis, em poucos versos, deixar uma herança de orgulho e pertença. Celebra-se a beleza, sim, mas também a força, o saber, o esforço e a continuidade. É o retrato de uma comunidade onde o passado ainda vive no presente — nas danças, nas letras, nas vozes das raparigas do rancho e no exemplo dos “doutores” que um dia partiram, mas cujas raízes continuam fincadas na terra de Santana.


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