Ferreiro Fadigas
- Jorge Monteiro
- 25 de mar. de 2021
- 1 min de leitura
Atualizado: 24 de fev. de 2024
Recorda-se o seu local de trabalho. Uma oficina rudimentar, onde o fole e a forja preparavam o ferro, que depois a arte e o malho transformavam em tenazes, grelhas, ponteiros e outros utensílios, onde também afiava foicinhos.
Eram profissões "saudáveis" mas que as novas tecnologias atiraram para o rol do esquecimento.
O seu falecimento, ocorrido há muitos anos, e a separação dos filhos, casados em sítios diferentes, obrigaram ao fecho da oficina, já que o ofício não teve continuidade por parte dos seus descendentes.
Com o decorrer do tempo, adivinhava-se a sua demolição. Agora, no local onde o Ti Fadigas malhava o ferro e contava anedotas com os picantes daquela época, veio dar lugar a duas moradias mandadas construir por duas das filhas.
Para além de se recordar uma figura que foi marcante nos anos 40 e 50, pretende-se dizer que numa das moradias se voltou ás raízes e que se colocou na fachada uma placa em azulejo com desenhos alusivos à sua profissão.
Texto extraído do livro "Outros Tempos" de Helder Monteiro

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