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Fábrica de Rações "Jocafil - Protector"

Atualizado: 23 de fev. de 2024

"Saímos da Figueira, entrámos em Brenha, passámos pelas Alhadas, depois pelo cruzamento Ferreira-a-Nova/Santana e dirigimo-nos para esta última povoação, que por sinal pertence à freguesia da primeira. O nosso destino: a fábrica de rações de José Carqueijeiro & Filhos. Entrámos, dissemos ao que vínhamos e para tal 2 gerentes da casa prestaram-nos amavelmente os esclarecimentos pretendidos. Foram eles os srs. António Paulino de Oliveira e Uriel Fernandes Carqueijeiro, aos quais desde já agradecemos as atenções dispensadas.

Inicialmente, a firma pertencia a José Joaquim Carqueijeiro. Era uma firma comercial que explorava e comercializava cereais, legumes, farinhas, batatas, moagem de cereais, etc. Perfilharam, entretanto, a designação que hoje ostentam, virando-se essencialmente para o fabrico, ensacamento e distribuição de rações para animais.

O início da construção do complexo que hoje possuem deu-se em 18 de Janeiro de 1964, tendo o arranque sido já em 1965. A sua área é de 4.500 m2.

Começaram por ter 7 empregados; 4 mulheres e 3 homens. Agora são cerca de uma vintena, número que poderá ser aumentado se a solicitação do produto também subir.

Máquinas existentes: 1 moinho (que mói cereais e outros produtos), duas misturadoras (de 1.000 kgs de capacidade e outra mais pequena de 50 kgs, que servem para a mistura de concentrados). Possuem ainda 1 granuladora, 1 arrefecedor, elevadores e balanças semi-automáticas.

Uma certa evolução está prevista, para dentro de pouco tempo, no referente a máquinas, como seja a substituição de algumas "cansadas" por outras novas e mais modernas, montagem de silos para armazenamento de cereais e sub-produtos a granel, etc.

Ora as rações são preparadas com a mistura de várias espécies de cereais, como seja bagaços de oleaginosas, farinhas de peixe, promixes, entre outros, E como é natural, existem várias qualidades de rações, servindo para bovinos, caprinos, aves, ovinos, roedores, suínos e tudo o mais.

A firma continuará dentro desta linha com capacidades e inovações. Deseja, sobretudo, manter a boa qualidade.

E como é que se processa a manufactura do produto nas diversas operações industriais?

Bem, existem formas diversificadas de tratamento, que diferem não só consoante ao grupo a que se destinam, como até da idade do animal. Mas, na sua generalidade o tratamento é quase o mesmo. Pesam-se, primeiro, os produtos que entram na mistura pretendida, passando depois ao moinho (que constitui a secção de moenda) seguem depois para as misturadoras e, finalmente, ao granulador e arrefecedor. Depois, o normal: ensaque, carregamento e distribuição.

Esta fábrica produz cerca de 600 toneladas por mês, ou sejam 12.000 sacos de 50 kgs, que vão abastecer o mercado interno.

Acerca da situação económica foi-nos afirmado ser das melhores. É necessário muito trabalho e preocupação, é certo, mas ganha-se a certeza de continuar tudo numa "boa".

E caso curioso: fora da sua zona é que os produtos são mais vendidos, mesmo preferem os produtos do "Carqueijeiro" aos vendidos por grandes fábricas que usam nomes sonantes. Isto acontece porque se diz que "santos da casa não fazem milagres". E apesar de estar provado que as rações "Carqueijeiro" são melhores do que as que têm mais publicidade, têm pouca saída na sua própria terra e arredores...

Ultimamente, e para mais uma achega, as rações produzidas para coelhos e codornizes, são extraordinariamente boas. Isto talvez por não serem feitas em quantidades industriais, como nas grandes fábricas, o que lhes retira qualidade."


(reportagem de António Marques Flórido Silva - jornal A Voz da Figueira de 19 Abril 1984)



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