Jubileu das Almas
- Jorge Monteiro
- 17 de set.
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Jubileu das Almas – Tradição e memória na homenagem aos entes queridos
O Jubileu das Almas é uma cerimónia religiosa profundamente enraizada na tradição cristã, que se realiza em Santana, habitualmente, no primeiro sábado após o Dia de Todos os Santos (1 de novembro) e o Dia de Finados (2 de novembro). Esta celebração tem como propósito principal homenagear as almas dos que já partiram, manifestando-se através de rituais de fé, oração e memória coletiva.
A cerimónia inicia-se com a celebração da Missa de Réquiem na capela de Santa Ana, seguida de uma procissão até ao cemitério, onde se incorporam a Irmandade das Almas, o povo da terra, o séquito clerical e a banda de música. No cemitério, além das orações próprias deste dia, realiza-se um sermão proferido pelo padre pregador, momento central da devoção. Após o sermão, são entoados cânticos apropriados, acompanhando as exéquias e fortalecendo o sentimento de comunhão e respeito pelos defuntos.
Esta tradição mantém-se viva em várias regiões do país, onde as comunidades preservam rituais específicos que remontam a práticas ancestrais, possivelmente desde os primórdios do cristianismo ou mesmo anteriores.
A organização do Jubileu das Almas é da responsabilidade da Irmandade das Almas, cuja liderança é anual e transmitida, por vezes, a familiares ou amigos.
O Jubileu das Almas representa, portanto, mais do que uma simples cerimónia religiosa: é um elo entre o passado e o presente, uma expressão de fé, respeito e memória que une as comunidades em torno do reconhecimento dos seus entes queridos e da sua importância na história coletiva.

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