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Lavadouros Públicos

Atualizado: 28 de mar. de 2024

Criados com a finalidade de dar resposta às necessidades básicas das populações surgiram nas primeiras décadas do século XX, sobretudo nos anos 30 e posteriormente nos anos 50. Numa época em que a distribuição domiciliária de água era escassa e a rede de águas residuais quase inexistente, os lavadouros vieram permitir a criação de locais adequados à lavagem das roupas que até então eram lavadas nos rios, ribeiras e riachos. De diversos formatos e tamanhos, têm, em comum uma laje para esfregar a roupa. Deste modo, pode ter o formato de um tanque de grandes dimensões, em pedra ou em tijolo e argamassa, que recebia e deixava correr as águas comunitárias, composto por lajes, polidas, que serviam para bater a roupa ou por um grupo de células individuais de dois tanques, um de “lavagem” e outro de “passagem”, com abastecimento próprio de águas e as mulheres acomodavam-se no espaço livre, de pé, no tanque. A água que saía destes tanques também poderia ser aproveitada para a rega das hortas ou trazida, em cântaros, para as casas das pessoas para uso doméstico.

Este espaço, exclusivo das mulheres, era um local de socialização, uma vez que neles juntavam-se várias mulheres em ambiente de amena conversa e convívio, onde se inteiravam dos boatos e mexericos e se falava da vida alheia, do que era e do que não era, dos amores e desamores, das infidelidades, eram os “pasquins” da aldeia. Durante a lavagem das roupas, entre uma e outra conversa havia sempre quem cantasse e era aí que surgiam muitas das “modas” novas. Assim, transformava-se uma tarefa bastante dura e ingrata num momento de alegria. Esta tarefa, para além de repetitiva, exigia grandes esforços, desde o transportar a roupa suja em trouxas até ao lavadouro público, onde era ensaboada com o sabão azul e branco ou clarim e esfregada na pedra áspera ao torcer. Como a roupa molhada era muito pesada, era normal estendê-la num sítio adequado, atando cordas às árvores existentes ou em arbustos próximos, deixando escorrer a água e para ficar a corar. Depois carregava-se à cabeça a bacia com as roupas de regresso a casa. Para facilitar esta tarefa comum e quase quotidiana e porque, na altura, era uma importante infraestrutura comunitária, quase todas as aldeias ou vilas tinham um ou mais lavadouros públicos, dispersos por vários lugares. Em Santana podemos encontrar os seguintes lavadouros: Ti Marquitas, Gorriosa, Ti Coelho, Vala das Silvas e Casal das Oliveiras.








Fotos: 1-Google; 2-Helena Góis; 3-Jorge Monteiro; 4-Helena Góis; 5-Geocaching






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