Mata Nacional de Fôja
- Jorge Monteiro
- 30 de mar. de 2024
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A Mata Nacional da Foja (MNF) com 378 hectares e está arborizada numa superfície de 344 hectares.
Tem como espécie principal o pinheiro-bravo (que ocupa quase 80% da área da Mata), sendo a restante área ocupada com eucalipto e diversas espécies de folhosas, dando abrigo a uma infinidade de espécies animais, das quais se destacam o coelho, o pato bravo, a garça e a perdiz.
A MNF insere-se no PROF do Centro Litoral, sub-região homogénea “Dunas Litorais e Baixo Mondego”, sendo a 1.ª função a “produção”, o “recreio e estética da paisagem” a 2.ª função e a 3.ª função a “conservação”.
A Mata Nacional de Foja, propriedade do Estado, fazia antigamente parte da Quinta de Fôja. Com a doação dos terrenos incultos ao norte do Mondego, feita por D. Sancho II (1223-1248) aos frades Crúzios, do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, deu-se início ao registo histórico da gestão da propriedade. Extintas as ordens religiosas por Decreto de 28 de Maio de 1834, foi esta propriedade confiscada pelo Estado que alienou a parte agrícola, conservando sob o seu domínio o pinhal. Por Portaria de 31 de Outubro de 1836 foi incorporada na Administração Geral das Matas do Reino. Desde então e até à data fica sob administração/gestão direta dos Serviços Florestais, hoje representados pela Autoridade Florestal Nacional (DRF do Centro). A estrada municipal que atravessa a MNF em toda a sua extensão e que liga as povoações de Santana e Santo Amaro da Boiça foi até ao ano de 2002 uma estrada florestal, tendo nesse ano sido cedida, a título definitivo, ao município da Figueira da Foz. Tem um comprimento de 2,3 km e ocupa uma superfície de 13 hectares.
Na MNF existem duas casas de guarda florestal (denominadas Santana e Santo Amaro da Boiça).
Em 15 de Março de 1838, foi a Quinta de Fôja adquirida pela família Pinto Basto cuja posse se tem mantido.
Texto: ICNF - Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas
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