O Carteiro
- Jorge Monteiro
- 5 de abr. de 2021
- 1 min de leitura
Atualizado: 23 de fev. de 2024
Nas aldeias mais pequenas o carteiro era um personagem que todos conheciam e ansiosamente aguardavam.
Deslocava-se de bicicleta e a correspondência era colocada numa sacola de cabedal para poder ser transportada facilmente a tiracolo.
Era o carteiro que trazia as boas e más notícias, pois nessa altura o telefone não era uma coisa vulgar para a generalidade das pessoas e ainda estávamos longe da era da internet.
Numa época em que não era obrigatório o número de porta e as ruas não tinham placas identificativas, o carteiro conhecia todos os habitantes pelo nome próprio.
Regra geral, os carteiros mantinham-se no mesmo cargo e lugar durante vários anos, o que lhes proporcionava o conhecimento mais direto das pessoas, dos filhos das pessoas, etc. O carteiro era mais um elemento de cada aldeia.
O tempo do “nosso” carteiro foi quase esquecido. A função de mensageiro foi substituída pela de comercial de entregas de resmas de papel, que muito pouco é lido ou mesmo aberto por e com prazer.
Texto adaptado daqui:
e


Leonilde Ferreira (comentário na página Santana/Fig.Foz Facebook): "Afonso"Papita" era a alcunha deste senhor."
Valentim Cação José Alberto (comentário na página Santana/Fig.Foz) Facebook:
"Era um carteiro do meu tempo, bom tempo"
Milita Mina (comentário na página Santana/Fig.Foz) Facebook:
"Pois, não havia número de polícia e o carteiro punha as cartas por debaixo da porta quando não aparecia ninguém para ele as entregar, depois de dizer em alta voz: correio !!! Bem me lembro do sr Afonso carteiro."