O Resineiro
- Jorge Monteiro
- 4 de abr. de 2021
- 1 min de leitura
Atualizado: 23 de fev. de 2024
A nível nacional, a resinagem teve grande expressão nos anos 60, 70 e 80 do século XX.
Centenas de famílias dependiam do rendimento proporcionado pelo trabalho dos resineiros e, em muitos casos, apresentava-se como uma forma de juntar um dinheiro extra.
Os resineiros removiam parte da casca na base do pinheiro, colocando peças de metal para direcionar o fluxo da resina para os cacos de barro (mais tarde foram substituídos por cacos de plástico). Depois apanhavam a resina com uma colher para um caneco ou gamela.
Depois de rasparem a resina endurecida e cristalizada, a área era coberta com uma solução de ácido que estimulava a sangra da resina. Em cada ano era feito mais uma bica mais acima no tronco do pinheiro A resina era armazenada em velhas barricas de madeira colocadas estrategicamente nas estradas dos pinhais.
Esta atividade contribuía de forma direta para a limpeza da floresta e, consequentemente, para a prevenção dos incêndios: a exploração da resina proporciona a permanência de mão-de-obra (resineiros) na mata, o que releva para a criação de emprego nas zonas rurais e para a vigilância de extensas áreas florestais. Por outro lado, o acesso à área e a execução das operações de extração de resina requer o controlo da vegetação espontânea, contribuindo-se, por essa via, para a redução dos materiais combustíveis e para a proteção da floresta.
Na atualidade é considerada uma profissão em vias de extinção.
Texto adaptado daqui:
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