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Os Alfaiates de Santana

Durante grande parte do século XX, os alfaiates foram figuras centrais nas pequenas aldeias portuguesas. Mais do que simples costureiros, eram artesãos meticulosos, conhecedores profundos de tecidos, medidas e gostos locais. A sua presença ia muito além da função prática de confeccionar roupas: eram guardiões de uma tradição de elegância, adaptada à realidade rural.

Em Santana, uma pequena aldeia de forte identidade rural, a presença destes artesãos era sinónimo de dedicação, paciência e profundo conhecimento da comunidade.

O alfaiate local conhecia os ritmos da aldeia e as necessidades de cada um. Confeccionava fatos para os dias de festa, casacos resistentes para o inverno e peças sob medida para casamentos, baptizados ou funerais - sempre com um olho clínico para os detalhes e outro para o orçamento da casa. Muitas vezes, trabalhava de sol a sol, numa oficina modesta, com a ajuda de aprendizes ou familiares.

Além de mestre na arte de cortar e coser, o alfaiate era também uma figura de confiança, com quem se conversava enquanto se ajustavam as medidas ou se esperava por uma prova. Em Santana, como noutras aldeias vizinhas, o alfaiate era respeitado tanto pelo seu talento como pelo seu papel na vida social da terra.

Com o tempo, a chegada do pronto-a-vestir foi ditando o declínio deste ofício. Ainda assim, na memória coletiva da população de Santana, o alfaiate permanece como símbolo de um tempo em que cada peça de roupa era única - feita à mão, com tempo, com olhos e com alma.



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31 de jul.

José Pereira (comentário na página Santana/Fig.Foz Facebook):

"Os três alfaiates em Santana são do meu tempo, o sr. Gil Rossio, o sr. Jose Simões e o filho Zézito Simões. um abraço"

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29 de jul.
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António Ribeiro (comentário na página Santana/Fig.Foz Facebook):

"Boa tarde/Dia a todos...Meu bisavô foi alfaiate em Santana. Pai da minha avó Maria Augusta Dias. Abraços a todos os meus descentes e ascendentes."

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29 de jul.
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António Manuel Gil (comentário na página Santana/Fig.Foz Facebook):

"Grandes e habilidosos alfaiates teve a nossa terra, os quais tive o privilégio de conhecer, conviver e de ouvir as suas maravilhosas estórias ! Desde os espetaculares decanos Adriano Cação e José Simões pai e filho, até ao famoso Gil Róssio e seu adjunto Toino Velha, os quais ainda trabalharam, no r/c da casa da m/ saudosa avó Rosa. Certo dia um gandarês dos lados da Ferreira, foi à prestigiada alfaiataria do Sr. Adriano, situada na atual Rua do Rancho das Rosas 1º. de Maio, a fim de mandar fazer um fato para levar ao casamento do seu filho. Depois de escolher a fazenda, o Sr. Adriano tirou-lhe as medidas e disse-lhe:…

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