Posto de Recolha de Leite

Em meados dos anos 1960 e 1970, era bastante comum em aldeias e zonas rurais portuguesas a existência de postos de recolha de leite, também conhecidos como postos de leite. Esses locais desempenhavam um papel central na economia agrícola local, estando ligados a empresas como a Nestlé ou cooperativas agrícolas e leiteiras (como AGROS ou Grémios da Lavoura).

Estes postos serviam como ponto de entrega diária do leite ordenhado por pequenos produtores locais, sendo transportado em bilhas metálicas de alumínio (10–25 lt), muitas vezes a pé, de bicicleta ou em carro de bois.

O leite era medido e registado. Havia um livro de registo diário com o nome do produtor e a quantidade entregue. Em alguns postos, faziam-se testes básicos de qualidade e acidez (por exemplo, com o ácido acético ou a prova do alizarol).

Nos postos existiam horários fixos de entrega, sendo o leite recolhido, geralmente duas vezes por dia, por camiões cisterna e depois transportado para cooperativas ou fábricas de laticínios.

Os produtores eram pagos por litro entregue e o pagamento era feito semanal ou mensalmente, com base no registo acumulado.

Recolher o leite era um momento social importante: diário, comunitário e até romântico. O produto permitia às famílias obter um rendimento extra, ajudando assim a suportar a economia doméstica .

Em Santana também existiu um Posto de recolha de leite, o qual se situava junto à antiga Escola-Velha na Rua Prof. Constantino Tomé.

Foto de um antigo Posto de Recolha de Leite semelhante ao que existiu em Santana.