Quiosque da Estação
- Jorge Monteiro
- 25 de jul.
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Durante décadas, quem passava pela estação de comboios de Santana-Ferreira encontrava, bem à porta, um ponto de paragem obrigatória: o pequeno quiosque gerido pelo Sr. António "Tó" Ferreira.
Ali vendiam-se bebidas e jornais, entre os quais o Primeiro de Janeiro e o Comércio do Porto, que chegavam de comboio e eram distribuídos com pontualidade. Para muitos viajantes e habitantes locais, o quiosque era mais do que um simples ponto de venda - era um espaço de convivência, conversa e rotina.
Com a simpatia que o caracterizava, o Sr. Tó Ferreira criou uma ligação especial com os ferroviários, passageiros e moradores. O seu quiosque tornou-se parte da identidade daquele lugar, testemunhando partidas, reencontros e o movimento diário de uma comunidade que utilizava o comboio como principal meio de transporte.
Com o fecho da estação, e posterior encerramento do ramal ferroviário, o quiosque cessou a sua atividade, permanecendo, no entanto, na memória coletiva como um símbolo de proximidade e serviço, e o nome de António "Tó" Ferreira é lembrado com carinho por todos os que ali passaram.

António Manuel Gil (comentário na página Santana/Fig.Foz Facebook):
"Recordo-me perfeitamente do velhinho quiosque do saudoso Tó Ferreira, funcionário da CP e da sua esposa, filha do saudoso amigo Sargaço, o mais novo dos saudosos irmãos Ferreiras. Quando íamos apanhar o trama já estava a funcionar em grande ritmo. Na altura era dos estabelecimentos a abrir e a encerrar mais cedo, em Santana. Também aí costumava comprar o célebre Comércio do Porto, jornal preferido do m/ pai."