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Santa Olaia

Atualizado: 28 de mar. de 2024

"No outeiro de Santa Olaia, a 3 km a oeste de Montemor-o-Velho, onde existe uma capela, mesmo junto à EN 111, que lhe passa a norte, encontram-se os vestígios de uma estação arqueológica. As escavações efectuadas no princípio do século puseram a descoberto restos de várias casas de planta rectangular, com cerca de 3,5m por 2,5m, construídas com pequenas pedras cimentadas com argila, correspondentes a três níveis sucessivos de ocupação durante a Idade do Ferro, além de vestígios de construções posteriores. Alguns objectos dispersos atestam a ocupação durante o Neolítico, embora não se tenham encontrado as habitações correspondentes. Os objectos mais importantes recolhidos nos níveis da Idade do Ferro são cerca de 30 grandes potes reconstituídos e restos de muitos outros, em geral com asas circulares e por vezes pintados com faixas horizontais e outros motivos a castanho, vermelho e branco, característicos dos estabelecimentos ibero-púnicos, e dezenas de tigelas, por vezes também pintadas, geralmente associadas aos potes, julgando-se que serviriam de tampas dos mesmos, além de uma grande variedade de cerâmica de outros tipos, e ainda numerosos cossoiros de barro que atestam a importância da tecelagem. Recolheram-se ainda várias fíbulas e outras peças de bronze, cobre, chumbo e ferro, pesos de rede, representativos de actividade piscatória, que deve ter sido importante, contas de colar e outros objectos de vidro e osso e ainda pequenos moinhos circulares e vários objectos de pedra. A alimentação dos habitantes encontra-se documentada por restos de ovicaprídeos, bovídeos, coelhos, veados e javalis e por valvas de ostras e de outros moluscos.

Num outeiro existente a cerca de 100m para nascente encontraram-se também vestígios arqueológicos relacionados com os de Santa Olaia, mas ainda pouco explorados."

(in Tesouros Artísticos de Portugal, Selecções do Reader's Digest, 1976)



"Também designado por "Castro de Santa Eulália", os vestígios arqueológicos exumados neste povoado fortificado permitiram identificar uma sobreposição de seis povoamentos, um dos quais respeitante ao Neolítico, três à Idade do Ferro, um ao período de ocupação romana (sécs. II-III a. C.) e, por fim, um outro respeitante aos tempos medievos, este último representado com o aparecimento de moedas de Afonso VI de Leão e Castela. Pertence, no entanto, à Idade do Ferro a maior e mais relevante parte dos artefactos descobertos, à qual se associarão várias estruturas habitacionais, inúmeros objectos cerâmicos e alguns artefactos de ferro."








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