Teatro em Santana | Companhia Rafael de Oliveira

Conforme noticiou o jornal O Figueirense na sua edição 3785 de 26 de junho de 1970, a Companhia Rafael de Oliveira deslocou-se a Santana "... a fim de nos oferecer a representação de uma das peças do seu variadíssimo reportório". Pela referida companhia teatral foi levada à cena, na Sociedade Musical Santanense, o drama "Amor de Perdição".

Quem era e qual a importância da Companhia Rafael de Oliveira no panorama artístico e cultural português?

Esta sociedade artística, que subsistia através das receitas dos seus espetáculos, assentava numa dinâmica familiar, em que qualquer um dos societários acumulava diversas funções que poderiam ser tanto de cariz artístico, como técnico ou administrativo. O elenco inicial contava apenas com dez artistas, entre eles Rafael de Oliveira e sua mulher Ema de Oliveira. Possuía cenários próprios, adequados às peças representadas, e utilizados em mais do que um espetáculo, consoante o ambiente desejado. O guarda-roupa, propriedade individual dos artistas, compunha-se de peças base, concebidas de acordo com a tipologia das personagens representadas e uma estética de bom gosto.

Como companhia de província, o seu sucesso fez-se na participação da vida comunitária local, vivendo em casas alugadas, frequentando as escolas e os espaços de sociabilidade locais, dinamizando os grupos cénicos amadores e contribuindo para as instituições de solidariedade social, durante as suas permanências temporárias.

Foto e texto (adaptação): www.cvc.instituto-camoes.pt/teatro-em-portugal-instituicoes/companhia-rafael-d-oliveira-artistas-associados.html