Ti Adriano Alfaiate
- Jorge Monteiro
- 25 de mar. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 26 de jul.
Era uma pessoa de grande estima nesta aldeia.
Filho do Joaquim Alfaiate, o Adriano deu continuidade à profissão do seu pai, de quem herdou todos os ensinamentos do "Mestre".
Alfaiate de reconhecidos méritos profissionais e de bondade, era considerado e respeitado pela educação e postura que dava em troca.
Nas horas livres dedicava-se ao jornalismo. Durante muitos anos foi correspondente do jornal "O Figueirense" onde os seus escritos muitos característicos, objetivavam sempre o desenvolvimento de Santana.
Texto extraído do livro "Outros Tempos" de Helder Monteiro
Aqui se transcreve uma curiosa e divertida história, recordada numa publicação no Facebook por António Manuel Gil:
"Certo dia um gandarês dos lados da Ferreira, foi à alfaiataria do Sr. Adriano, situada na atual Rua do Rancho das Rosas de Maio, a fim de mandar fazer um fato para levar ao casamento do seu filho. Depois de escolher a fazenda, o Sr. Adriano tirou-lhe as medidas e disse-lhe: "Oh Sr. Manel, venha cá daqui a oito dias buscar o fato e nem são precisas provas, porque no seu corpo assenta-lhe tudo muito bem!". No dia combinado aparece o Sr. Manel para buscar e pagar o fato, entretanto, o Sr. Adriano encaminhou-o para uma divisória onde ele vestiu o mesmo. O gandarês ficou perplexo ao aperceber-se que o casaco tinha o bolso do lado direito e perguntou ao Sr. Adriano por que é que ele tinha metido o bolso daquele lado, ao que o mesmo respondeu: "Oh Sr. Manel, agora é assim, é a grande moda de Paris! "Não é Maria?". Respondeu a sua esposa: "É sim Adriano!" E lá foi o gandarês feliz e contente com um fato moderno, como tivesse sido confeccionado e comprado em Paris!"

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