Uma casa que já não está, mas que vive na memória...
- Jorge Monteiro
- 9 de ago.
- 1 min de leitura
Na rua principal de Santana existiu uma pequena casa de aparência simples - discreta por fora, mas cheia de vida por dentro.
Ao longo dos anos, este espaço acolheu diversas atividades comerciais que marcaram o quotidiano da aldeia:
uma barbearia (Adelino Figueiredo "Sardão")
uma pequena filial de agência funerária (Funerária Oliveira - Tocha)
uma loja de eletrodomésticos (Armando Pleno)
Ali cortaram-se cabelos e trocaram-se histórias, trataram-se com dignidade os momentos mais delicados da vida e estiveram disponíveis os eletrodomésticos que auxiliavam a melhorar a vida das famílias.
Hoje, essa casa já não existe. O tempo passou, os hábitos mudaram, o comércio transformou-se… e a desertificação foi esvaziando as aldeias de movimento e de gente.
Mas há lugares que resistem, mesmo quando desaparecem fisicamente. Vivem na memória de quem os conheceu, nas fotografias que os resgatam, nas histórias que se contam ao final do dia.
Esta casa é um desses lugares. Pequena, sim. Frágil, talvez. Mas grande no que representou para tantos.
Recordar é preservar. E partilhar estas memórias é manter viva a alma de Santana.

Nesta casa muitas vezes, o ti Adelino Figueiredo (Sardao) me cortou o cabelo! As outras actividades também me recordo delas